A sexualidade do Brasil

Em contrapartida, o assunto ainda é visto como "algo do outro mundo". Essa semana, um casal de militares gay ganhou grande notoriedade. São os sargentos exército brasileiro Fernando de Figueiredo e Laci Marinho. Na terça-feira, depois de uma entrevista para uma rede de TV, o sargento Laci recebeu voz de prisão da polícia do Exército, segundo as autoridades militares pelo crime de deserção, mas, para os dois sargentos, o que há é puro preconceito contra os homossexuais.
Como se não bastasse a barbaridade do fato, a mídia brasileira polemizou ainda mais o caso. No Domingo, uma matéria no Fantástico entrevistou os sargentos e a procuradora do exército. Na entrevista com Fernando perguntam-no qual o seu sentimento por Laci. Ele é bem taxativo na resposta: “Amor. Porque eu acho que o amor transcende. O amor não tem sexualidade.” Além de formar opinião, quão pertinente é esta pergunta ao caso?
Claúdia Lamas, a procuradora do exército, ao ser entrevistada pela equipe do Fantástic

A ânsia da mídia, entre outras instâncias sociais, de declarar guerra ao preconceito de gênero, acaba causando o efeito contrário, ao utilizar novos preconceitos para diluir velhos. A sociedade deve ser conscientizada, a fim de que entendam a "lógica da coisa", não através de discursos repressivos e moralizadores que esqueçam que a causa está mais aprofundada do que sua conseqüência.
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Marcadores: brasil, mídia, militares, sexualidade
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