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sexta-feira, 22 de maio de 2009

Manifesto Grevista

Resolvi entrar em greve. Que mal tem? Quero também reivindicar meus direitos enquanto habitante deste planeta. A paralisação da semana anterior – sem nada escrever- foi um prenúncio da minha revolta, não somente como criadora de textos, mas também como cidadã da Terra. Meus conterrâneos gostaram da idéia e, em toda parte se reivindicam direitos e salários. Por aqui na terra de todos os santos, se vêem todas as greves: de policiais civis, rodoviários, salva-vidas...

Se enganada não estiver pelos lados celestes há alguns revoltados também, já que o choro de S. Pedro não para de jorrar sobre a terra, dando muito trabalhos aos anjinhos, que só não salvam os seus da destruição de suas casas e do descaso de outros seres de cá.

Tenho como principal e única reivindicação o direito da minha raça - a humana- ser reconhecida como tal, sendo garantido a todos esses seres o respeito incondicional. Sendo de todo proibida toda espécie de proibição, podendo aos seres dessa espécie ter a liberdade de fazer o que quiser. Direito só restringido pelo princípio básico e universal: o respeito ao outro. De forma que, o que quiser que faça, o faça somente consigo mesmo.

Por conseqüência, desapareciam das telinhas os nossos representantes no estado, que ao invés de lutar por garantir o direito adquiridos aos cidadões, pegam “emprestado” nosso dinheiro, levando embora a dignidade da nossa nação. Desapareceria também, todo o gênero de ladrão, que num ímpeto egoísta tem a audácia de tirar o que não lhe pertence (até mesmo uma vida), como se fosse mais merecedor do que o outro.

E desapareceriam, por fim, todo e qualquer manifestação dos seres dessa espécie, com pensamento voltado a si mesmo, pois que, imersos num mar de egoísmo conseguem se revoltar com os revoltados, não percebendo que são esses que os salvam da cápsula do cotidiano aos quais estão presos.

Agora que já explicitei minha reivindicação, prometo que enquanto esta não for cumprida, farei greve indefinidamente, me recusando a pertencer a esta espécie que não lembra porque é denominada humana. E é, com um imenso prazer que declaro que, enquanto em greve estiver realizarei paralisações semanais com os mesmo direito dos rodoviários, que antes das assembléias se reúnem em churrascarias e bebem o suficiente para se agredirem. E tudo é claro, por conta do seu bolso.